tag:blogger.com,1999:blog-86966854090316280302024-02-20T23:23:45.660-08:00Cidade de Duque de CaxiasCidade de Duque de Caxiashttp://www.blogger.com/profile/08072759613272310777noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-8696685409031628030.post-83206759850786901602011-05-10T21:23:00.000-07:002011-05-10T21:23:10.263-07:00<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZbeUyInW3-_a4MAAEyacKWmgePCCt7ezv2awfRE8RfTZhrQG2hyiMPy1Hi8Oo-bJx5xyg0ZvEghRnhNnNRdgx4R04JLCjvjEso6VNOl4tpYGO0Z923Rc6uicyr5DAHxoRbr43yo5LEB4/s1600/Nilo+Pe%25C3%25A7anha%252C+anos+70.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251px" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZbeUyInW3-_a4MAAEyacKWmgePCCt7ezv2awfRE8RfTZhrQG2hyiMPy1Hi8Oo-bJx5xyg0ZvEghRnhNnNRdgx4R04JLCjvjEso6VNOl4tpYGO0Z923Rc6uicyr5DAHxoRbr43yo5LEB4/s320/Nilo+Pe%25C3%25A7anha%252C+anos+70.JPG" width="320px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">VILA DE “IGUASSÚ”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas a Baixada não se resumia apenas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>à Estrela.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não muito longe desse famoso porto, a Vila de Iguaçu também se fazia presente com sua produção agrícola, seus portos e trapiches. Através dos relatórios oficiais podemos perceber a importância que Iguaçu alcançara já nas primeiras décadas do século XIX. Em certo momento, a Vila chegou a figurar como a quarta em arrecadação, ficando abaixo apenas de Niterói, Campos e Macaé. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> As transformações<span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> da antiga freguesia em Vila de Iguaçu impôs-se por força de seu desenvolvimento econômico e populacional.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tanto que, Nicolau de Campos Vergueiro, assinou,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em 15 de janeiro de 1833, o Decreto que criava a Vila de Iguaçu. Abrangia ela as seguintes freguesias: Iguaçu, Inhomirim, Pilar, Santo Antônio de Jacutinga; São João de Meriti e Marapicu. Entretanto, pouco durou a alegria do povo de Iguaçu. Por questões que os pesquisadores da história da região classificam como “meramente políticas”, a Vila foi extinta em 13 de abril de 1835 e suas terras divididas entre Vassouras e Magé.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Travou-se uma batalha entre o povo iguaçuano e as autoridades do Império, no sentido de se restaurar novamente a Vila.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 271.5pt; width: 480pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata cropleft="-6371f" o:title="Vila de Iguass antigo porto" src="file:///F:\DOCUME~1\ROGERI~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.jpg"></imagedata></shape></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 10 de dezembro de 1836, outro Decreto restabelecia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para Iguaçu a condição<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Vila, porém sem a Freguesia de Inhomirim que ficava pertencendo à Estrela. Procedidas as eleições para a formação do quadro de vereadores, foi eleito o comendador Francisco José Soares, que passou a chefiar o Executivo Municipal.</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 318.95pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O historiador Ney<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Alberto - em suas “<i>Memórias da Câmara Municipal de Nova Iguaçu”</i> - explica a extinção da Vila de Iguaçu como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>decorrente da importância que a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Inhomirim alcançara. O local, através do Porto da Estrela e da Variante do Proença, assumira papel de capital importância para o escoamento da produção rural do interior fluminense e de localidades mineiras. Não deveria ser confortável para<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a Freguesia do Inhomirim ter dependência política e administrativa de uma Câmara com sede em Iguaçu.</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A extinção e a posterior restauração de Iguaçu talvez fosse parte de uma estratégia política que, na verdade, só pretendia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desmembrar Inhomirim de Iguaçu.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É interessante observar que, as terras que hoje formam Duque de Caxias eram, em sua maior parte, pertencentes às Freguesias de Santo Antônio de Jacutinga,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>São João Batista de Trairaponga e Nossa Senhora do Pilar de Iguaçu.</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em <i>Terra de Muitas Águas</i>, trabalho xerografado e publicado em <metricconverter productid="1996, a" w:st="on">1996, a</metricconverter> professora Marlúcia Santos de Souza e Roberto Pires Júnior afirmam que:</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“A partir do século XIX, o quadro da Baixada se altera ao se deparar com uma nova crise açucareira e com a instalação de uma usina em Quissamã (Campos) centralizando a manufatura.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim, vários engenhos foram abandonados tornando-se pasto apenas para garantir a posse da propriedade na perspectiva de uma futura especulação ou ainda, estabeleciam-se as parcerias com meeiros com o mesmo fim. Paralelamente, a produção aurífera diminuía gerando crise não apenas nas terras mineiras, como também, nas áreas de entreposto. Na medida em que inicia-se o processo de expansão e valorização do café, algumas áreas da Baixada tentam se integrar à economia cafeeira mas, o café do planalto é mais valorizado no mercado e mais produtivo. Enquanto o Vale do Paraíba tornava-se a principal área produtora de café, a Baixada continuava produtora de alimentos de subsistência, área de passagem e armazenamento do café destinado ao porto do Rio de Janeiro. “ </span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em Iguaçu, o café não chegou a constituir-se em um ciclo, embora tenha sido plantado em quase todo o seu território.Tinguá e Estrela foram os locais onde mais se cultivou café <personname productid="em Iguaçu. Mas" w:st="on">em Iguaçu. Mas</personname>, se a região não teve no café um ciclo, também não deixou de se beneficiar dele. Através de seus caminhos, rios, portos e armazéns, Iguaçu fazia escoar a produção que vinha do Vale do Paraíba.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 271.5pt; width: 480pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata cropleft="-6371f" o:title="Vila de Iguass antigo porto" src="file:///F:\DOCUME~1\ROGERI~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.jpg"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></imagedata></shape></span></span><br />
<div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O CAFÉ E O TREM</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na medida em que a produção cafeeira aumentava, surgia a necessidade de um transporte mais eficiente, rápido e econômico. A ferrovia parecia ser a solução.</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Decorrido um quinquênio – desde o estabelecimento da estrada de ferro na Inglaterra – cuidou a Regência, através da chamada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Lei Feijó”, de 31 de outubro de 1835, de conseguir concessionários para a criação de uma ferrovia que pudesse ligar o Rio de Janeiro às capitais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, e Bahia. Apesar das vantagens que oferecia, a “Lei Feijó” não atraiu concessionários, nem daqui, nem da Inglaterra.</span></span><br />
<div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O trem, aqui, era esperado com indisfarçável entusiasmo, verdadeiro milagre tecnológico, solução para um antigo problema.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As estradas de ferro poderiam oferecer um transporte rápido e barato.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por outro lado, permitiriam que o fazendeiro pudesse dispensar o pessoal empregado no manejo das tropas de muares, além de liberar grande parte dos campos destinados ao cultivo de alimentos para esses animais. A ferrovia permitiria agora que o fazendeiro pudesse cuidar exclusivamente de suas atividades agrícolas, deixando que o problema do transporte fosse resolvido por<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>terceiros. Em 1852, Irineu Evangelista de Souza, futuro Barão de Mauá, recebia do governo da província do Rio de Janeiro uma concessão para construir uma ferrovia ligando a corte ao vale do Paraíba do Sul. No dia 30 de abril de 1854, vinte e dois meses e dezoito dias após ter recebido a concessão, Mauá inauguraria o primeiro trecho de sua ferrovia, A Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Era o início da era ferroviária no Brasil e, consequentemente, o início do fim do transporte feito pelas tropas de muares, dos portos fluviais e suas vilas de comércio.</span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><br />
</div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"></div></div><div class="MsoBodyTextIndent2" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><span style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 358.5pt; width: 498pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="Estao de embarque da Estrada de Ferro Mauá foto Malta" src="file:///F:\DOCUME~1\ROGERI~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.jpg"></imagedata></shape><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 234pt; width: 457.5pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata cropleft="-12574f" o:title="N S Piedade" src="file:///F:\DOCUME~1\ROGERI~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.jpg"></imagedata></shape></span>Cidade de Duque de Caxiashttp://www.blogger.com/profile/08072759613272310777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8696685409031628030.post-33045476624072054122011-05-09T18:10:00.000-07:002011-05-09T18:11:32.893-07:00<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL9ovYjKbYvo7mGUWIX53uDay6SL9fZobLCI45wMC_YgBRdnAXISeRXfmiHOk960CwzglM7frwpPnEepbR65iIpkFooS2eWpjchm_ZgVd7gwkhRU_5PHUpABKK3GXSLJWgIDasdtVhXCw/s1600/Dsc00422a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203px" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL9ovYjKbYvo7mGUWIX53uDay6SL9fZobLCI45wMC_YgBRdnAXISeRXfmiHOk960CwzglM7frwpPnEepbR65iIpkFooS2eWpjchm_ZgVd7gwkhRU_5PHUpABKK3GXSLJWgIDasdtVhXCw/s320/Dsc00422a.jpg" width="320px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CANA-DE AÇÚCAR E FREGUESIAS</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O cultivo da cana-de-açúcar – secundado pelo de milho, de feijão e de arroz – ensejou a ocupação do local. O açúcar e a aguardente fizeram prósperas muitas sesmarias que, aos poucos, iam-se transformando em importantes povoados. O povoamento de Iguaçu deu-se da mesma maneira que nas demais partes do Brasil. “As plantações se localizavam à margem dos rios. As casas iam-se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aglomerando em relativa distância uma das outras. Construía-se uma capela e logo atrás, ou mesmo dentro, o cemitério. Dessa forma, surgiram as freguesias.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As freguesias tiveram papel importantíssimo na criação da estrutura administrativa da colônia. Dentro da capela matriz se abrigava o núcleo administrativo que organizava e animava o arraial. Ali se faziam os registros de nascimentos, de casamentos, de óbitos, de inventários.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A mais antiga freguesia da região, segundo José Matoso Maia Forte, foi a de Nossa Senhora do Pilar de Iguaçu, cuja data de criação seria l637. Posteriormente, surgiriam as de São João Batista de Trairaponga (l647); Santo Antônio de Jacutinga (l657); Nossa Senhora da Piedade de Iguçu (l719); e por último a de Nossa Senhora de Marapicu (1759).</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A cana-de açúcar, como já dissemos anteriormente, foi um importantíssimo ciclo econômico da região. Não se sabe exatamente quando ela começou a ser plantada em terras fluminenses, mas Jean de Léry - teólogo , autor do livro “Histoire d’un voyage faict en la terre du Brésil” e que viera com a expedição de Villegagnon, em l565 -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>afirmava ter visto canaviais em todas as partes do Rio de Janeiro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em Iguaçu, o cultivo da cana teve início em 1611. É através do Frei D. Clemente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Maria da Silva Nigra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que temos notícia do primeiro engenho da região, localizado em terras de São Bento, hoje pertencentes ao Município de Duque de Caxias. “Em relação à cidade de Duque de Caxias – segundo o pesquisador Armando Valente – D.Clemente fez publicar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em 1943, na Revista<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nº<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>7 do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, um interessante estudo sobre a propriedade rural<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que os monges beneditinos possuíram por mais de três séculos, às margens do rio Iguaçu, na Baixada Fluminense.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nesse trabalho intitulado <i>A Antiga Fazenda de São Bento, em Iguaçu</i>, D. Clemente revela preciosas informações a respeito da ocupação e utilização do solo caxiense, desde a primeira invasão francesa de Villegagnon, no século XVI até 1921, quando se deu a desapropriação da fazenda pelo Governo Federal. O primeiro engenho da fazenda, construído em 1611, funcionou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ininterruptamente por trinta e cinco anos e sua produção era enviada para o Reino.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com a fundação dos engenhos de Campos, Camorim e Vargem Pequena, em terras mais produtivas e que exigiam menor aplicação de recursos em trabalhos de infra–estrutura, o engenho de Iguaçu foi se tornando obsoleto e anti-econômico. Mais tarde seria desativado.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O último inventário, realizado em 1685, dava conta da existência de quarenta e oito escravos de ambos os sexos trabalhando nas terras da fazenda.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com o abandono dos canaviais, as terras de São Bento passam a ser utilizadas, durante algum tempo, como pasto. Já no início do século XVIII, ali podia ser vista uma promissora lavoura de mandioca para a produção de farinha. Durante a invasão francesa de 1711,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a fazenda de São Bento abasteceu com gêneros alimentícios as tropas que vieram de Minas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para dar combate aos invasores.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um novo engenho, movimentado por animais, seria inaugurado em 1870. Teria como finalidade aumentar a produção de farinha.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É importante assinalar que, desde os primeiros tempos, a olaria da fazenda produziu tijolos, ladrilhos e telhas para si e para as construções do Mosteiro do Rio de Janeiro, além de comercializá-los.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O prédio que lá está, ainda hoje resistindo ao tempo e ao descaso dos homens, teve sua construção iniciada em <metricconverter productid="1754. A" w:st="on">1754. A</metricconverter> Igreja da Fazenda, atualmente sem o telhado e com o reboco destruído, é “provavelmente” obra do abade Frei Mauro das Chagas e sua edificação foi feita entre 1645 e 1648. Inicialmente foi dedicada a Nossa Senhora da Purificação, Candelária ou Candeias. Com a criação da Irmandade do Rosário dos Pretos, passou a chamar-se de Nossa Senhora do Rosário de Iguaçu. Tudo leva a crer, segundo o arquiteto Joaquim Cardoso, que o prédio da Fazenda de São Bento serviu de modelo para as muitas construções rurais da Baixada Fluminense.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É interessante transcrever a opinião do professor Armando Valente, publicada na Revista Caxias Magazine de setembro de l997: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Tombado pelo SPHAN em 10/ 07/57 com inscrição no Livro de Belas-Artes, encontra-se no momento desativado e sem qualquer tipo de utilização. Entregue ao abandono total, já podemos adivinhar o funesto e inevitável destino que o espera.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">JACUTINGA</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A Fazenda de São Bento estava localizada na Freguesia de Santo Antonio de Jacutinga.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Santo Antônio de Jacutinga, terceira freguesia da região, não alcançou a prosperidade das demais. Segundo Milliet de Saint-Adolphe, autor do <i>Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brasil</i> – Paris – 1845, os limites de Jacutinga eram: ao norte com a Freguesia de Pilar e Iguaçu, ao poente com a de Marapicu, ao sul com a de são João Batista e ao nascente com a Baía de Guanabara.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><personname productid="Em Memórias Históricas" w:st="on">Em <i>Memórias Históricas</i></personname><i> do Rio de Janeiro</i>, Pizarro descreve a Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga assim: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Seu território compreende a extensão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 9 léguas, numeradas de leste a oeste; porém na largura é muito irregular (como tôdas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as do Bispado), por abranger em alguns lugares a extensão de duas léguas, em outros, pouco mais , e ainda menos. .. Nessa circunferência numera<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>350<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fogos e mais de 3500 pessoas adultas...Onze fábricas de açúcar, uma de aguardente e algunas de barro, trabalham nesse distrito, em cujas terras se cultiva a cana, a mandioca, o café, o milho e legumes...Na vizinhança da Matriz tem formado o povo um pequeno arraial com casas cobertas de telha, onde se alojam os seus proprietários, e vivem por todo o ano<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alguns moradores, por motivo de mercâncias.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Parte das terras da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga ajudaria a formar os atuais municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Alguns pesquisadores da história de Duque de Caxias afirmam ser Pilar o núcleo inicial da cidade. </span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 150%; margin: 0cm -28.45pt 0pt 0cm;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A freguesia era, na verdade, uma povoação sob o aspecto eclesiástico, que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>indicava a importância de determinado local e a possibilidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dele se constituir em futuro município.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em interessantíssimo artigo publicado na <i>Revista FEUDUC</i> (nº 01, agosto de 1999), o historiador<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>José Cláudio Souza Alves afirma que:</span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 150%; margin: 0cm -28.45pt 0pt 141.6pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“com as Freguesias montou-se a base de ocupação inicial da região no período colonial.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seus núcleos, invariavelmente às margens de um rio, eram formados por uma Igreja Matriz, por pequeno comércio e oficinas e por um porto responsável pelo transbordo da via terrestre para a via fluvial e vice-versa, das mercadorias que circulavam entre o litoral e o planalto. A religião estabelecia a justificativa universal que ia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desde o nome da freguesia até as relações escravistas. Assim, Nossa Senhora do Pilar de Iguaçu, São João de Meriti, São Nicolau do Suruí, Santo Antônio de Jacutinga, Nossa Senhora da Piedade de Iguaçu e Nossa Senhora de Marapicú, mais do que a mistura de nomes de santos católicos com nomes de lugares indígenas constituíram a sede administrativa, social e ideológica demandada pela produção escravista”.</span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 150%; margin: 0cm -28.45pt 0pt 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Iguaçu, célula-mater de muitos dos atuais municípios que hoje formam a região metropolitana do Rio de Janeiro, foi formado a partir da Freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Iguaçu. Segundo estatísticas realizadas no início do século XIX, as Freguesias de Trairaponga, Jacutinga, Piedade de Iguaçu, Marapicu e Pilar possuíam um total de aproximadamente 1983 residências e 18.705 habitantes, sendo 7550 livres e 11.155 escravos. A mais antiga era Pilar que se limitava ao norte com a de Nossa Senhora da Piedade de Iguaçu,e a oeste com a de Santo Antônio de Jacutinga</span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 150%; margin: 0cm -28.45pt 0pt 0cm; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 150%; margin: 0cm -28.45pt 0pt 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PILAR</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pilar ficava à margem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do rio que lhe é homônimo e, ao que tudo indica, apresentava notável desenvolvimento agrícola., graças a um engenho e diversas engenhocas que produziam açúcar e aguardente. O arroz, o feijão, o milho e mais tarde, o café foram cultivados na região. Uma olaria que fabricava telhas e tijolos completava seu quadro econômico.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Segundo Noronha Santos, em “Crônicas da Cidade do Rio de Janeiro”, Pilar possuía, em 1789,cerca de 3.895 habitantes, sendo 2.727 livres e 1.168 escravos. Dessa forma, a região apresentava maior densidade demográfica em relação às demais freguesias vizinhas.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O rio, navegável em cerca de <metricconverter productid="12 quilômetros" w:st="on">12 quilômetros</metricconverter>, permitia o escoamento da produção das lavouras ribeirinhas e de serra acima. Pilar era ainda ponto de passagem e abastecimento de parte das tropas que vinham do interior ou para lá se dirigiam. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Tudo isso fez com que Pilar desfrutasse de uma prosperidade só superada por Iguaçu e Estrela.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A decadência de Pilar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teve início durante a Regência e agravou-se com a insalubridade de suas terras, assoladas endemicamente desde 1833 pelo impaludismo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ao findar o século XIX, Pilar era um local fustigado pela opilação. Além de sua famosa igreja, pouca coisa se mantinha de pé, e,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dentre elas o casarão onde morou Mota Saião, o Barão do Pilar. Segundo Mattoso Maia Forte:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Ele próprio já era uma ruína, na sua velhice amargurada, empobrecido, tendo visto seus bens arruinados, alagados pelas cheias do rio, que no passado, lhe havia enchido a bolsa.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este foi o triste fim imposto ao Barão do Pilar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O casarão que serviu de sede à sua fazenda não mais existe, ficava na atual rua Pedro de Souza, no Bairro Jurema.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Hoje, Pilar faz parte do Segundo Distrito de Duque de Caxias, cuja sede está localizada <personname productid="em Campos Elísios. O" w:st="on">em Campos Elísios. O</personname> rio, atualmente desfigurado pelas obras de saneamento realizadas na década de 30 por Hildebrando de Góis, não mais se presta para a navegação, tornada inútil pela estrada de ferro e pela rodovia. Próximo da velha igreja – testemunha em pedra e cal dos tempos que se foram – fica a Refinaria Duque de Caxias, anunciando a modernidade. Os canaviais e as roças de outrora, cederam lugar aos loteamentos que se desenvolveram à margens das rodovias (Washington Luiz e Kennedy). Um sem número de pequenas indústrias e um florescente comércio ajudam a sustentar a economia do Distrito.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Interessantíssimo é o relato de Magalhães Corrêa sobre Pilar. Num trecho de sua coluna, “Baixada e Montes Fluminenses”, publicada no Correio da Manhã de 3 de março de 1940,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>assim nos fala: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Fiz a última excursão a Pilar a pé, a partir do Lote <metricconverter productid="15, km" w:st="on">15, km</metricconverter> 22 da Estrada Rio-Petrópolis, por ter viajado de ônibus do Arraial do Chim, procedente de Caxias, o qual no citado lote toma a esquerda deixando a estrada.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A estrada, asfaltada, é dividida pela faixa branca ao centro, e lateralmente, meio-fio e traçado entre terrenos de aluvião, onde brejais estão sendo drenados; aparecem com quinhentos metros de intervalo casas de Colonos Agrícolas da Fazenda de São Bento, ocupada por japoneses e nacionais.</span></span></div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-weight: normal; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O quilômetro 23 marcava <metricconverter productid="2.900 metros" w:st="on">2.900 metros</metricconverter> de Pilar e logo depois apareceram grandes valas laterais e a maior, que atravessa a estrada, sob a ponte de cimento que se liga a um grande aterro, que por sua vez lança<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a grande ponte de ferro e cimento sobre o rio Iguassú, onde trabalhadores preparavam as taipas “Polder” do Iguassú: junto a ponte, um grande balão de carvão fumegava, e, ao lado lenha das margens do rio.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No quilômetro 24, isto é, a <metricconverter productid="3.900 metros" w:st="on">3.900 metros</metricconverter> de Pilar, à margem direita da estrada, acha-se um grande sambaqui, onde se nota, perfeitamente acamada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua estrutura característica, ao fundo uma casa de colono da Fazenda de São Bento.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Depois de constatar a presença de lenhadores que, no quilômetro 25, “manejam o machado sem dó nem piedade”, Magalhães Corrêa faz uma grave denúncia: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Presentemente, dali, partem caminhões carregados de lenha e carvão, única produção do território da antiga freguesia do Pilar; a lenha como produto da derribada sistemática das capoeiras remanescentes das antigas florestas e o carvão obtido pelo processo bárbaro dos balões introduzidos, no Brasil pelos italianos, transformando a terra ubérrima em estéril, em virtude da destruição das bactérias do solo pela constante fogueira.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Pilar encontrada por Magalhães Corrêa é uma região decadente, com casarões em ruínas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muitos dos quais abandonados por seus antigos moradores; assolada pela malária e devastada, no que restara de suas florestas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelo machado de lenhadores</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O ciclo da cana-de-açúcar foi responsável pela formação da fortuna de muitos fazendeiros que aqui se haviam fixado. Até a segunda década do século XX ainda se podiam ver diversos canaviais na Baixada Fluminense, mas sem a significação econômica de outrora para a economia do recôncavo. O cultivo da cana-de-açúcar fora sendo, paulatinamente,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>transferido para o Município de Campos, onde, finalmente, se concentrou, graças aos estímulos e benefícios ali alcançados.</span></span></div><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"></span> <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">CICLO DA MINERAÇÃO </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">“<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A descoberta do ouro, velho sonho do colonizador, coincide com a crise da agro-indústria do açúcar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esse novo ciclo de nossa economia, em tão boa hora chegado, ensejaria profundas transformações na Colônia.</span></span></div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-weight: normal; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao contrário da atividade açucareira, a mineração não exigia grandes capitais daqueles que, em verdadeira corrida, se dirigiam para o altiplano em busca de enriquecimento rápido. Esse fato provocou um tal crescimento da população mineira que, em pouco menos de um século ela se multiplicaria por dez, passando de 300.000 habitantes, em 1700, para 3.000.000, em 1800. Mas as consequências do surto minerador não ficariam aí, a ele também poderímos creditar a formação de núcleos urbanos; o aparecimento de uma classe média influenciada pela ideologia liberal-burguesa; o desenvolvimento do comércio interno; a mudança da capital da Colônia, de Salvador para o Rio de Janeiro; o deslocamento do eixo econômico do nordeste açucareiro para o centro-sul minerador , além, é claro, da abertura de caminhos para o interior do Brasil.” (<i>A ESTRELA QUE SE APAGOU E O SEU PORTO INEXISTENTE</i> – Rogério Torres – Revista Recado de Cultura – 1986) </span></span></div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-weight: normal; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O ciclo da mineração deixou-nos também alguns de seus efeitos. Foi através dele que a Baixada Fluminense assumiu uma de suas funções mais importantes, ou seja, a de ponto obrigatório de passagem daqueles<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que se dirigiam para as “Minas Gerais” ou de lá regressavam. Nesse momento, a Baixada Fluminense foi fundamental para a circulação de pessoas e mercadorias. Sendo os “caminhos de terra”, poucos, precários e perigosos, nada mais natural que o transporte se fizesse através dos rios, onde eles existissem. Aqui os rios eram abundantes e, integrados à Baía de Guanabara, faziam do local um ponto de união entre esta e os caminhos que subiam a serra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em direção ao interior do país. Até o advento da ferrovia, os portos foram importantíssimos pontos de irradiação de povoamento. Estrela, por exemplo, foi marco significativo desse período de nossa hostória. À sua volta cresceu uma freguesia que no século XIX<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>foi transformada em município, graças à prosperidade que alcançou. Não apenas por seu porto, mas também por sua produção agrícola, Estrela figurava, ao lado de Parati, Angra dos Reis, Campos e Cabo Frio como grande centro de condensação humana, segundo assinalou Oliveira Viana.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 94.6pt 0pt 0cm; tab-stops: 127.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 94.6pt 0pt 0cm; tab-stops: 127.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">CAMINHO NOVO</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Todavia, nem o Porto da Estrela, Pilar ou Iguaçu teriam maior expressão não fossem as necessidades oriundas da mineração e, dentre elas a de se abrir um caminho rápido, econômico e seguro, que ligasse o Rio de Janeiro às “Minas Gerais”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em carta datada de 24 de maio de 1698, Artur de Sá e Menezes expunha, para o Rei, a necessidade de uma estrada para as minas que facilitasse a comunicação com o Rio de Janeiro, em favor do aumento das lavras, da arrecadação dos quintos e até da criação de gado, pois os Campos de Goitacases já estavam exauridos. Diante dessas necessidades, Artur de Sá e Menezes vai para São Paulo, nesse mesmo ano, à procura de quem pudesse abrir esse caminho. Amador Bueno foi o primeiro que lhe apareceu, entretanto, foram tantas as<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>suas exigências que Artur de Sá rejeitou seus préstimos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sabedor do fato, Garcia Rodrigues Pais ofereceu-se para a empreitada, contanto que o Governador o auxiliasse na parte do Rio de Janeiro. Ás suas próprias custas, e tendo como auxiliar direto um cunhado, “alguns homens brancos e 40 negros”, deu início ao penoso trabalho que, em 1704, seria entregue ao trânsito de pedestes e animais. Vinte anos depois, Bernardo Soares de Proença abriria uma variante ligando Pati do Alferes à Serra dos Orgãos e esta ao Porto da Estrela, amenizando as dificuldades vividas pelos tropeiros e viajantes. Pelo “Caminho do Proença” ou “Caminho do Inhomirim”, durante mais de um século, passaram as tropas que transportavam ouro e pedras preciosas que, do Porto da Estrela eram embarcados para o Rio de Janeiro.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sobre os caminhos que, partindo do Rio de Janeiro, atingiam as “Gerais”, assim escreveu o historiador Guilherme Peres no ensaio <i>Os Caminhos do Ouro:</i> </span></span></div><div class="MsoBodyTextIndent3" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Durante o século XVIII, três eram os caminhos oficialmente reconhecidos entre o Rio de Janeiro, através da Baixada Fluminense e a região das Gerais.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>Descritos em ordem cronológica de abertura tínhamos:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Caminho Novo do Pilar” ou do “Guaguassú” ou ainda de Garcia Rodrigues Pais, aberto entre 1699 e 1704.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Caminho Novo do Inhomirim” ou “Caminho de Bernardo Soares de Proença” ou “Caminho do Proença”, aberto em 1724.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Caminho do Mestre de Campo Estevão Pinto” ou “Caminho Novo do Tinguá”, aberto em 1728. </span></span></div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-weight: normal; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Queremos assinalar que o adjetivo “novo” era aplicado à outro caminho que viesse surgir, encontrando-se dessa forma vários “caminhos novos” naquela época.”</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Todos esses caminhos, depois de galgar a serra do Mar, se encontravam em Stº. Antônio da Encruzilhada, pouco antes de atingir a margem direita do rio Paraiba. Daí em diante, juntavam-se em um só caminho.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PORTO DA ESTRELA</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A importância dos rios e da Baía de Guanabara para o trânsito de pessoas e mercadorias pode ser comprovada através das palavras de Daniel P.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Kidder: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Aos poucos, porém, os fazendeiros do interior, foram se convencendo de que para eles era mais interessante descarregar em Iguaçu o café, o feijão, a farinha de mandioca, o toucinho e o algodão; daí era mais econômico mandar as mercadorias para o mercado por via marítima que por terra.” </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>observações de Kidder ficaram registradas em dois livros: <i>Reminiscencências de Viagens e Permanência no Brasil </i>(1845), dividido em duas partes, <i>Províncias do Sul</i> e <i>Províncias do Norte</i>, e <i>O Brasil e os Brasileiros </i>(1857), escrito em co-autoria com o também pastor James C. Fletcher.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os textos de Kidder são registros de um observador arguto e muito bem informado sobre os mais variados aspectos da sociedade, da economia e da história de nosso país.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O naturalista Auguste de Saint-Hilaire assim se referiu ao Porto da Estrela:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Parti ao meio-dia do Rio de Janeiro e cheguei às seis da tarde ao Porto da Estrela, onde o rio já perde bastante <personname productid="em largura. Esse" w:st="on">em largura. Esse</personname> pequeno povoado pertence à Paróquia de Inhumirim e possui apenas uma capela, construída numa elevação e dedicada a Nossa Senhora. Desde que comecei a viajar pelo Brasil nenhum outro lugar me pareceu tão cheio de vida e de movimento quanto esse porto. O viajante vê-se tonto no meio dos burros de carga que chegam e partem, dos fardos, dos tropeiros, das mercadorias de toda espécie que atravancam o povoado.. Lojas bem providas fornecem aos numerosos viajantes quase tudo o que ele necessita.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apesar do esgotamento das minas de ouro, o Porto da Estrela continuava<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sendo o principal caminho para o interior. Seu progresso não cessava. A vinda da Família Real para o Brasil contribuiria, ainda mais para o desenvolvimento da região, devido à transferência da Fábrica de Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas para a Raiz da Serra. A decadência<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Porto da Estrela teve início com a inauguração de nossa primeira estrada de ferro, em l854, ligando o Porto de Mauá, em Pacopaíba, à estação do Fragoso. A inauguração de outra estrada de ferro, a D. Pedro II, a cólera morbus e a abolição da escravatura, selaram definitivamente o destino do famoso porto, citado em seus livros por tantos e ilustres viajantes, que por ali passaram entre os séculos XVIII e XIX.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></span></span><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText3" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><shape id="_x0000_i1029" style="height: 274.5pt; width: 481.5pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata cropleft="-8746f" o:title="D. Caxias Pilar a" src="file:///F:\DOCUME~1\ROGERI~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image009.jpg"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></imagedata></shape></span></div><div class="MsoCaption" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><strong><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></strong><strong><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></strong></div></span></span>Cidade de Duque de Caxiashttp://www.blogger.com/profile/08072759613272310777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8696685409031628030.post-26996848051565773822011-05-09T03:58:00.000-07:002011-05-09T03:58:22.948-07:00<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizcsJbVa1qAT5e6MORWTQy3eHCTrwfCRqNJqxVBSJ7FNOkkDpTfZNIAtO28S8YYqY7lfbZkXSXDwhVlh1QgJF4X4u-03TfPZkWs5JOPw3Qth6ptu0Oo7UH926oy0-UI7NX__mi8toEwfI/s1600/Dsc00419a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="224px" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizcsJbVa1qAT5e6MORWTQy3eHCTrwfCRqNJqxVBSJ7FNOkkDpTfZNIAtO28S8YYqY7lfbZkXSXDwhVlh1QgJF4X4u-03TfPZkWs5JOPw3Qth6ptu0Oo7UH926oy0-UI7NX__mi8toEwfI/s320/Dsc00419a.jpg" width="320px" /></a></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Historia</span><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A história de Duque de Caxias confunde-se com a dos Municípios que lhe são vizinhos. Isso porque, até os anos de 1940, Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis, juntos com Nova Iguaçu, formavam um só Município.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Portanto, o estudo da história de nossa Cidade deverá começar, obrigatoriamente, por Iguaçu. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sabemos que durante aproximadamente 30 anos o Brasil ficou abandonado. As autoridades portuguesas, ocupadas com o rico comércio do Oriente, pouca atenção deram às terras descobertas. Entretanto, a decadência do comércio das especiarias e a ameaça de perder o território para os franceses, que aqui já vinham se fixando, fez com que D. João III desse início à colonização. Assim, ele adotou para o Brasil o sistema de capitanias hereditárias. Dessa forma, o rei passava para a iniciativa privada o ônus da colonização. O agraciado com uma capitania hereditária deveria, às suas próprias custas, desenvolvê-la e protegê-la. Em contrapartida, possuía alguns direitos, inclusive o de conceder<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sesmarias.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">POVOAMENTO E SESMARIAS</span></span></div><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O povoamento da região data do século XVI, quando são doadas sesmarias da Capitania do Rio de Janeiro a vários agraciados.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dentre eles estava Cristovão Monteiro, que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>recebeu de Estácio de Sá, em 1565, uma grande faixa de terra nas margens do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Iguaçu.</span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Em l591, o Mosteiro de São Bento comprou parte das terras de Cristóvão Monteiro, recebendo, mais tarde, de sua viúva, outra porção. Formava-se, a partir daí, a mais antiga e importante fazenda localizada em nosso município. A Fazenda de Iguaçu, também conhecida<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como Fazenda de São Bento, está situada no km 8 da Avenida Presidente Kennedy, atrás do local onde se encontra instalada a Fundação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Educacional Duque de Caxias (FEUDUC). Ainda hoje mantêm-se de pé o prédio que lhe serviu de sede e, contígua a este,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A Fazenda de Iguaçu, na Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, e a Freguesia do Pilar são consideradas – por muitos pesquisadores de nossa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>história – marcos importantíssimos da origem da Cidade de Duque de Caxias.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas, antes mesmo dos primeiros sesmeiros aqui se fixarem, as terras que margeavam os rios da região já vinham sendo ocupadas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por aventureiros, atraídos pela fertilidade do solo e pelo fácil acesso oferecido pelo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>local. A abundância <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de madeiras para construções, a lenha e a caça, sem dúvida, devem ter atraído os mais audazes, que assim iam penetrando no interior das terras da Baía<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Guanabara. Desse modo, os tupinambás foram sendo exterminados ou, na melhor das hipóteses, empurrados para o interior. Os jacutingas, índios que viviam em torno da Baía de Guanabara, entre os rios Meriti e Estrela, com certeza não tiveram destino melhor. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A topografia plana da baixada, a presença de madeira em abundância -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tanto para construções, quanto para o abastecimento de lenha que alimentariam os fornos dos engenhos - e a presença de muitos rios,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>facilitando o escoamento da produção, serviram, inicialmente, de estímulo para a implantação da agro-indústria do açúcar.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana;"></span></span></span></span> </span>Cidade de Duque de Caxiashttp://www.blogger.com/profile/08072759613272310777noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8696685409031628030.post-49599659687009496502011-05-08T19:57:00.000-07:002011-05-08T19:57:15.187-07:00Cidade de Duque de Caxias<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP4irgIDmyoO3-DqYEgvwZg6g83AA2Lm2udk_16cwGOjGRHo-D1K4f4KLNSOVpQWZCSM2FENSeFzOCy5Wa6iOS93U5bzaDnetGU_0F78Z0krski9xanN7rdl4GuCPvExou6ewn1yGnIlY/s1600/_O+Duque+de+Caxias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320px" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP4irgIDmyoO3-DqYEgvwZg6g83AA2Lm2udk_16cwGOjGRHo-D1K4f4KLNSOVpQWZCSM2FENSeFzOCy5Wa6iOS93U5bzaDnetGU_0F78Z0krski9xanN7rdl4GuCPvExou6ewn1yGnIlY/s320/_O+Duque+de+Caxias.jpg" width="232px" /></a></div><strong> </strong><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Iniciamos hoje postagens sobre a Cidade de Duque de Caxias. É nossa intenção divulgar a História deste município que serviu de berço ao Patrono do Exército Brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"> Caxias nasceu no dia 25 de agosto de 1803 na Fazenda São Paulo, na Vila da Estrela.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;">ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO</span></div></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"> </span><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O Município de Duque de Caxias faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e possui uma população de quase um milhão de habitantes distribuídos em seus <metricconverter productid="442 quil�metros" w:st="on">442 quilômetros</metricconverter> quadrados.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Suas terras se encontram na Baixada da Guanabara, porção da Baixada Fluminense. </span></span></div><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;">RELEVO,CLIMA E VEGETAÇÃO</span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span>O clima é quente e úmido, com chuvas abundantes na baixada litorânea, modificando-se ao norte, próximo da Serra do Mar. A hidrografia pode ser resumida nas quatro bacias principais: Iguaçu, Meriti, Sarapuí e Estrela.</span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><span><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;">ECONOMIA</span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O crescimento econômico de Duque de Caxias foi condicionado por vários fatores.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entretanto o que inicialmente mais se destacou foi a proximidade do município com a Cidade do Rio de Janeiro. </span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"> </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A indústria, por outro lado, se apresenta como grande assimiladora de mão-de-obra, embora não atingindo às proporções do comércio, da prestação de servicos e dos transportes. Com a inauguração do pólo petroquímico (REDUC/ FABOR – 1961), a economia do Município começa a ser beneficiada com a ampliação do mercado de trabalho. Por outro lado, novas indústrias iriam surgir em função da presença da Refinaria Duque de Caxias.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No livro <i>Uma Passagem pela Caxias dos anos 60 – Fragmentos de Memória e Registros Diversos</i>, edição do autor de 2001, o professor Stélio Lacerda destaca a importância do polo petroquímico para o Município com a seguinte justificativa: </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Em 1960, antes da implantação do pólo petroquímico, o parque fabril de Caxias era responsável por 3,8 % da produção industrial da região metropolitana, empregando 7.738 trabalhadores (3,6% dos trabalhadores em indústrias no Grande Rio); em 1965, com o pólo petroquímico em funcionamento, o percentual subiu para 15% e ocupando 15.155 operários (6% do operariado industrial do Grande Rio)." </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> De fato, é o Setor Terciário que concentra a maior parte da mão-de-obra aqui aplicada. Tal característica tem reflexos no centro urbano, que poderia ser comparado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a um grande mercado. Mesmo aos domingos o comércio não pára, pois<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>próximo à Praça Roberto Silveira é realizada uma grande feira-livre que, em tempos passados, muito lembrava as feiras do nordeste.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Barboza Leite, no folheto de cordel intitulado “A Grande Feira de Duque de Caxias”, assim a descreve:</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Trata-se da feira afamada</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que acontece em Caxias,</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>igual não há na baixada</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com tantas mercadorias,</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>faianças ou prataria</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>em grande variedade,</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>espantosa quantidade</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>de tudo que se imagine,</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 2;"> </span><span style="mso-tab-count: 2;"> </span>minha pena não define</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>toda sua enormidade. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>.................................</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A feira é um panorama</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>de efeito gigantesco</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>feito de sonhos e dramas</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span>tangenciando o dantesco.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>.</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR;">Barboza Leite</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"> (A Grande Feira de Duque de Caxias)</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O município é detentor da maior receita orçamentária da Baixada Fluminense e a segunda arrecadação do estado <personname productid="em ICMS. Em A" w:st="on">em ICMS. Em <i>A</i></personname><i> Construção do Poder Local em Duque de Caxias no Período de 1943 – 1997</i>, publicado no nº 1 da edição trimestral da revista “Hidra de Igoassú”, a professora Marlúcia Santos de Souza assim se refere à potencialidade econômica de nosso Município:</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Seu território é recortado pelas Rodovias Washington Luíz e Rio-Magé, formando corredores de expansão populacional e de atração de capitais, além de possuir uma malha ferroviária que percorre boa parte de sua extensão. Conta com importantes áreas de preservação ambiental e uma extensa bacia hidrográfica.”</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Lembra ainda a professora que, a Linha Vermelha, reduzindo a distância entre Duque de Caxias e o Aeroporto Internacional, estimulou, ainda mais, a incorporação imobiliária e a implantação de novas empresas ao longo das rodovias. Foi o caso do parque gráfico dos jornais O Globo e Extra e do supermercado Carrefour.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em seu livro, “Duque de Caxias, nosso espaço”, a professora Regina Célia Sanches Lopes Vianna, afirma que: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“O centro de Duque de Caxias, no primeiro Distrito, ocupa uma área de <metricconverter productid="180 ha" w:st="on">180 ha</metricconverter>.Representa o núcleo inicial do Município, formado em torno da estação ferroviária. Esse núcleo foi se organizando de acordo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com as diversidades das funções sociais e dos tipos de prestações de serviços. Assim, identifica-se do lado oeste da ferrovia um ativo centro comercial; na parte leste, caracteriza-se a composição dos ambientes urbanos por excelência, com a presença de instituições como o Forum, a Câmara dos Vereadores, os cartórios, os escritórios de advogados, as clínicas odontológicas e médica, os bancos, agências de automóveis, restaurantes, entre outras unidades sociais.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O crescimento espontâneo da Cidade não permitiu que aparecessem locais só residenciais, comerciais ou industriais. Em cada bairro temos um pouco de cada coisa. Entretanto, em alguns poderá predominar uma destas funções sobre as demais.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 1; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 4;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
</span> </span></span> </span></span> </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> As atividades agrícolas não possuem grande expressão econômica. A maioria dos estabelecimentos encontram-se no 4º Distrito. A mandioca, a cana e a banana são os principais produtos cultivados.</span></span></span></span>Cidade de Duque de Caxiashttp://www.blogger.com/profile/08072759613272310777noreply@blogger.com0