segunda-feira, 9 de maio de 2011

Historia


A história de Duque de Caxias confunde-se com a dos Municípios que lhe são vizinhos. Isso porque, até os anos de 1940, Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis, juntos com Nova Iguaçu, formavam um só Município.
            Portanto, o estudo da história de nossa Cidade deverá começar, obrigatoriamente, por Iguaçu.
            Sabemos que durante aproximadamente 30 anos o Brasil ficou abandonado. As autoridades portuguesas, ocupadas com o rico comércio do Oriente, pouca atenção deram às terras descobertas. Entretanto, a decadência do comércio das especiarias e a ameaça de perder o território para os franceses, que aqui já vinham se fixando, fez com que D. João III desse início à colonização. Assim, ele adotou para o Brasil o sistema de capitanias hereditárias. Dessa forma, o rei passava para a iniciativa privada o ônus da colonização. O agraciado com uma capitania hereditária deveria, às suas próprias custas, desenvolvê-la e protegê-la. Em contrapartida, possuía alguns direitos, inclusive o de conceder  sesmarias.

POVOAMENTO E SESMARIAS
            O povoamento da região data do século XVI, quando são doadas sesmarias da Capitania do Rio de Janeiro a vários agraciados.  Dentre eles estava Cristovão Monteiro, que  recebeu de Estácio de Sá, em 1565, uma grande faixa de terra nas margens do  Iguaçu.
          Em l591, o Mosteiro de São Bento comprou parte das terras de Cristóvão Monteiro, recebendo, mais tarde, de sua viúva, outra porção. Formava-se, a partir daí, a mais antiga e importante fazenda localizada em nosso município. A Fazenda de Iguaçu, também conhecida  como Fazenda de São Bento, está situada no km 8 da Avenida Presidente Kennedy, atrás do local onde se encontra instalada a Fundação  Educacional Duque de Caxias (FEUDUC). Ainda hoje mantêm-se de pé o prédio que lhe serviu de sede e, contígua a este,  a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
            A Fazenda de Iguaçu, na Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, e a Freguesia do Pilar são consideradas – por muitos pesquisadores de nossa  história – marcos importantíssimos da origem da Cidade de Duque de Caxias.
            Mas, antes mesmo dos primeiros sesmeiros aqui se fixarem, as terras que margeavam os rios da região já vinham sendo ocupadas  por aventureiros, atraídos pela fertilidade do solo e pelo fácil acesso oferecido pelo  local. A abundância  de madeiras para construções, a lenha e a caça, sem dúvida, devem ter atraído os mais audazes, que assim iam penetrando no interior das terras da Baía  de Guanabara. Desse modo, os tupinambás foram sendo exterminados ou, na melhor das hipóteses, empurrados para o interior. Os jacutingas, índios que viviam em torno da Baía de Guanabara, entre os rios Meriti e Estrela, com certeza não tiveram destino melhor.
            A topografia plana da baixada, a presença de madeira em abundância -  tanto para construções, quanto para o abastecimento de lenha que alimentariam os fornos dos engenhos - e a presença de muitos rios,  facilitando o escoamento da produção, serviram, inicialmente, de estímulo para a implantação da agro-indústria do açúcar.



 

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